Ano de 2082. Meu nome é Jardim Atlântico. Sou um pequeno espaço de preservação ecocultural em uma área litorânea ultra-urbana e vivo constrangido entre grandes construções. Em meu ambiente crianças se perdem voluntariamente em busca de aventura, outras passam a tarde com brinquedos antigos, jovens mergulham atrás do peixe magnético e famílias desconhecidas transformam suas diferenças em amizade. Ao final de cada dia os portões se fecham e um funcionário me observa com saudade. Saudade de um mundo que já foi, quando seus antepassados viviam da pesca e do artesanato. Estas histórias, contadas no formato cine-livro, possuem várias camadas de entendimento. A harmonia das cores retrata uma supernatureza e a ação está implícita no silêncio da ausência de palavras.