Este livro privilegia objetos de estudo vinculados à sociolinguística, convergindo para a relação sempre beligerante entre as forças centrípetas da norma-padrão e as forças centrífugas da variação. Configura um esforço integrado de esboço historiográfico, que procura resgatar o processo de construção e de consolidação do paradigma variacionista, nem sempre cabalmente conhecido por jovens pesquisadores. E aborda também questões paralelas, não necessariamente acessórias, como a relação entre variação e ensino. Esse esboço historiográfico, que se entrecruza com as descobertas mais significativas da sociolinguística brasileira, constrói-se, na primeira parte, com o relato do surgimento e da consolidação do modelo, especialmente superando o formalismo dos paradigmas estrutural e gerativo; passa depois, na segunda parte, pela descrição de uma fase crítica, que desvela as limitações do próprio paradigma variacionista; encerra-se na terceira parte com uma tentativa de resolução e de (...)