Do pensamento e da paixão de Hélio Pellegrino, o Brasil pôde recolher brilho, inconformismo, poesia e genialidade. Ao intelecto perscrutador, próprio de sua atividade clínica, este homem rebelde aliou, durante toda sua luminosa existência, o desregramento lucidamente poético e a preocupação permanente com seu tempo, seu país, seu mundo. Um dos veículos que Hélio usou para expressar sua inquietação foi a imprensa, para a qual colaborou de modo constante. “A burrice do demônio” reúne parte do trabalho do psicanalista e escritor, publicado, sobretudo, nos jornais Folha de S. Paulo e Jornal do Brasil, abrangendo principalmente o período de 1982 a 1988.