'Marta Barbosa revela-se uma autora mordaz e irônica, o que, dosado com equilíbrio à amargura das situações em que seus personagens são flagrados, resulta em uma escrita perturbadora, movediça, que enlaça o leitor e o lança a uma zona de desconforto. (...) Pode ser que não se trata de uma literatura de gênero, se é que há ainda alguém que acredite nessa mistificação. Porém há bem claro um olhar feminino e, por isso mesmo político, conduzindo o trabalho narrativo. Uma amargura e uma perplexidade que passam pelos modos históricos, sociais e afetivos do estar no mundo da mulher. Não por acaso, a escrita recém-nascida de Marta Barbosa se filia ao mesmo pathos que toca escritoras como Lydia Davis e Susan Sontag, e as poetas Adília Lopes e Wislawa Szymborska. - Micheliny Verunsch'