É espantoso que a bibliografia sobre as possíveis relações entre esportes, filosofia e/ou literatura seja tão escassa no chamado “país do futebol”. Tanto mais que, nas últimas décadas, as ciências ditas humanas foram invadidas por uma saudável vaga de estudos transdisciplinares. Se, por exemplo, o corpo e suas afecções têm dado matéria para abordagens em diversos setores de investigação, como artes, literatura e filosofia, por que ali onde o volume corporal mais se encontra em evidência – os desportos – as pesquisas acadêmicas híbridas são escassas?