Recentemente um tributarista capixaba sugeriu que o livro O capital no século XXI de Thomas Piketty cujos direitos autorais, com o livro publicado em muitas línguas, foram polpudos devesse ser chamado de punição ao capital no século XXI, porquanto revelaria que as ideias do Piketty estariam mais próximas da utopia de Morus do que das de Karl Marx, em seu livro inolvidável O Capital. É dele o livro que estou a apresentar. De sobredobro, Piketty, por mais que tenha tentado, deixa entrever um socialismo romântico em busca de uma poção mágica capaz de solucionar, ao menos em parte, alguns disfunções supostamente decorrentes do capitalismo, o que é inverídico, porque o relativo no histórico mostra que os povos, desde o início da revolução industrial nas cidades inglesas, se apresentaram perante o mundo em etapas extremamente diversas no tempo e no espaço: tribalismo, nomadismo, sob o estado de colônias à serviço de potencias europeias ou forçadas por elas a se manterem estáticas (...)