Os cinco capítulos que estruturam este livro oferecem ao leitor uma narrativa distinta da usual do Brasil contemporâneo, ao partir da hipótese de que a nação se encontra diante de uma profunda mudança de época. A quarta transformação estrutural do Brasil pós-colonial equipara-se tanto à fundação da nação no início do século XIX quanto à passagem para o modo de produção capitalista no final desse mesmo século. Também indica equivalência à transição do antigo e primitivo agrarismo para a moderna sociedade urbana e industrial estabelecida pela Revolução de 1930. Na marcha da quarta transformação estrutural, a passagem para a era digital transcorre diante do deslocamento do centro dinâmico do mundo do Ocidente para o Oriente simultaneamente à emergência climática imposta pelo Antropoceno.