O medo, o desespero e a solidão eram constantes na vida de Alexandre Borba, até o dia em que abriu os olhos e não viu mais nada – era tudo escuridão. Podia sentir o abismo sem fim; o inevitável agora acontecia. As trevas eram tão densas que podia senti-la tocando sua pele. Um frio gelava seu corpo e atravessava a sua alma, chegando até o seu espírito. Ele sentia aquela presença e sabia do que se tratava: era o mal, e essa força descomunal, por mais dolorosa que fosse, o atraía e o anestesiava. Bastava se deixar levar e, enfim, estaria livre, não haveria mais aquela luta desgastante e destruidora. Será o fim ou apenas um novo começo? Ele agora batia “Às Portas do Inferno”.