Nos dias de hoje, a vida enclausurada é pouco conhecida fora do âmbito eclesiástico e as referências a ela são, quase sempre, resultados de interpretações simplistas e especulatórias. O presente estudo considera a opção por esse tipo de vida e, conseqüentemente, pela construção de um estilo sustentado na radicalidade da relação com o divino, resgatando as circunstâncias históricas e as ideologias religiosas ligadas à sua origem e à sua consolidação, bem como os contextos de vida específicos de algumas mulheres que o abraçaram. Cada história-de-vida apresentada revela motivações subjetivas que giram em torno da interlocução entre as questões cruciais da existência humana (o semelhante, a sexualidade, a morte) e o discurso religioso, conferindo às narrativas um caráter singelo e, ao mesmo tempo, envolvente.