Giovanna Bartucci reúne [aqui] artigos e ensaios em torno de sua preocupação com a psicanálise na contemporaneidade. Há um paradoxo que serve como fio condutor de seu pensamento, em que o cerne da constituição da vida psíquica não se superpõe à produção das subjetividades na contemporaneidade. A verdade é que esta última toma um rumo contrário, oposto, que destrói os propósitos da primeira. Nesse sentido, a psicanálise e o trabalho analítico seriam [assim] subversivos à evolução social e cultural, e a questão que se coloca é se haveria possibilidade de sua permanência e êxito. [...] A autora aborda ainda as consequências do mal-estar na cínica psicanalítica e as patologias que esta enfrenta, ressaltando aspectos da metapsicologia frediana, tais como a pulsão da morte, o mesmo e o duplo, a compulsão à repetição e a repetição transferencial, entre outros temas como o amor e o desejo na contemporaneidade. [...]