No começo dos anos 60, um grupo de jovens cineastas - entre argentinos, brasileiros, bolivianos, chilenos, cubanos e mexicanos -, com muita vontade de transformar a sociedade, voltaram as câmeras para o equacionamento dos problemas da América Latina dentro de sua experiência de fazer filmes. Para isso, veicularam suas idéias não só nos filmes, mas também em manifestos, artigos para jornais e revistas, ensaios, cartas, palestras e debates. Neste livro, esse trabalho teórico, que aparece como uma conversa entrelaçada entre autores como Glauber Rocha, Fernando Solanas, Fernando Birri, Tomás Gutiérrez Alea, Julio García Espinosa, Jorge Sanjinés, entre muitos outros, é analisado por José Carlos Avelar a partir do exame detalhado das propostas de cada um dos cineastas que fizeram durante décadas um cinema crítico empenhado na discussão da realidade do continente latino-americano.