Se ao longo da história a homossexualidade foi tida como pecado, crime ou doença, e hoje é vista pelas ciências como uma orientação sexual como qualquer outra, como se justifica o silêncio imposto pelas escolas, agência do conhecimento por excelência? Será que essa escola tem consciência do seu papel social quanto à superação do preconceito e da discriminação resultantes de séculos de tabus e desinformação? Infelizmente, o ensino (em algumas escolas) ainda é pautado em uma pedagogia do insulto e na heteronormatividade em que as diversidades de práticas sexuais são tidas como anormais e hierarquicamente inferiores e, por causa disso, as pessoas que se comportam diferentemente das normas estabelecidas continuam sofrendo preconceitos, que contribuem para a evasão, o fracasso escolar, o alto índice de suicídio e relações sociais cheias de ódio e intolerância. Nesta obra, podemos atestar que a escola pode sim mudar esse cenário e auxiliar na construção de uma sociedade mais justa e igualitária, na qual as pessoas possam ser dignas simplesmente pelo fato de serem humanas.