O livro A paz fria tem como recorte temporal o período compreendido entre o final da Segunda Guerra Mundial e a Guerra da Coreia. Aborda as representações sobre a manutenção da paz mundial veiculadas pelos jornais O Estado de S. Paulo, Folha da Manhã, Diário de S. Paulo, Correio da Manhã, Jornal do Brasil e pela revista O Cruzeiro. Apesar de agirem com nuances e diferenças quanto ao tratamento jornalístico acerca de propostas e ações voltadas à garantia da paz no mundo, os periódicos brasileiros engendraram representações sobre os Estados Unidos como responsáveis pela construção de um mundo pacífico, e a União Soviética, ao contrário, trabalhando diuturnamente para a eclosão de novo conflito bélico global. Para o autor, a suspeição estava relacionada ao nível de organização das empresas jornalísticas, à forma de se fazer jornalismo internacional no Brasil, [...]