O livro tem como fio condutor a discussão sobre as representações; estas são pensadas e articuladas a partir de dois grandes eixos: as representações identitárias: nossos personagens e as representações do espaço urbano: nossos lugares. Os dois aspectos tornam-se importantes objetos de estudo na contemporaneidade. Com os movimentos da globalização (tema este muito amplo, aqui só citado) assistimos a um contínuo processo de desterritorialização, provocando questionamentos sobre as novas características do lugar, seja na análise das características físicas e materiais do espaço urbano, seja na reflexão sobre o papel do lugar, como esfera de constituição de sentidos. Esta mesma desterritorialização afeta o sujeito e este passa a receber influências contínuas e diversas, estando num processo contínuo de reflexividade, apontando para uma profunda contradição inerente à contemporaneidade: liberdade e dependência. É livre por estar liberto das amarras da coletividade e sobrecarregado e dependente, pois seu futuro é responsabilidade exclusivamente sua. Notamos, então, que lugares e personagens estão em trânsito, bem como suas representações.