O conjunto de escritos de Reghini sobre a Maçonaria, que apresentamos pela primeira vez ao público de língua portuguesa, requer alguns esclarecimentos. Todos os ensaios têm indicação do ano em que foram escritos e das revistas nas quais foram publicados, estando aqui apresentados por ordem cronológica. Esta coletânea abre com um artigo de 1906, publicado pela primeira vez pela Leonardo, prestigiosa e iluminada revista florentina onde colaboraram os maiores nomes da cultura e da arte italiana reunidos posteriormente dentro ou ao lado do movimento futurista fundado por Filippo Tommaso Marinetti; e termina com o último ensaio escrito por Reghini, pouco antes de morrer, publicado postumamente em Nápoles, em 1946, pelo seu fiel e ilustre discípulo Giulio Parise. Os artigos de Reghini testemunham a evolução repentina e dramáticada instituição maçônica de confraria iniciática a organização profana,manchada pelas ideias e ideologias estranhas a si própria e, em alguns casos, adversas. Neste conjunto de escritos não se encontram todos os artigos que Reghini escreveu sobre a questão maçônica. Ficam de fora os acentuadamente polêmicos que vão de 1921 a 1925, quando na Itália difundia-se, aberta e vivaz, a polêmica entre Maçonaria, fascismo e Igreja católica.