É num Maracanã lotado, dominado pela energia das torcidas de um Botafogo x Vasco, que Horácio Soares inicia O espelho de Egon. Logo nas primeiras cenas o leitor envolve-se com a descrição do que rola no gramado e o que acontece na arquibancada, onde Darcyvaldo tenta botar ordem em seu caos mental. Ao sabor dos acontecimentos, o personagem é confrontado entre muitas outras situações com um mistério que se confunde com sua própria vida: através de um pedaço de espelho que teria pertencido ao pintor austríaco Egon Schiele, obcecado pelos auto-retratos e pelos reveladores jogos de imagem, Darcyvaldo encontra paralelos na sua problemática relação com o irmão gêmeo, decisiva para o que vai acontecer no futuro