“Toda palavra pressupõe uma experiência compartilhada.” Esta máxima de Jorge Luis Borges, que serve a Lenilde Freitas de epígrafe, diz muito sobre sua poética. Grãos na Eira reúne cinquenta e três poemas que falam do cotidiano, da palavra, do silêncio – enfim, do que está ao redor e dentro de nós. A autora, que estreou na literatura em 1974 com a obra Desvios, recebeu em 1987 o Prêmio Emílio Moura e o Prêmio Passárgada. Em 1991, foi contemplada com o Prêmio Nestlé pela obra Espaço Neutro. Sumário A palavra Momento A aranha Trilema Rio Verde O peixe Crepuscular Alimento Pássaro noturno Orfandade em K. Território da infância Momento íntimo Pôr do sol Vestígios Junho O jambeiro A cor intensa À revelia O fezendeiro Carro quebrado na estrada Vínculos Anônimo espetáculo Instante Imperativo O reflexo Como o silêncio A mulher do pescador Fantasma na horta Perda Taverna escondida Rastro na margem Mil anos depois Lápide Estranha sombra Boninas A insônia dos astros O peso dos cactos Mensagem Desde ontem Névoa O desgaste das pedras Chá das cinco As flutuações da certeza Sol-posto Zona sem sombra Na sala da memória Outras lembranças Prismas Quadro sem moldura Quando Identidade Persona Janela Expressando o silêncio Ária lírica