A iniciativa Bruxas do Plenário surge ante a ausência ou tímido suporte institucional para questões relativas à atuação da mulher no tribunal do júri, estas que superam o machismo estrutural e institucional para construir grandes defesas no tribunal do júri. Esta obra traz a problematização da violência de gênero sofrida pelas juristas, em especial as defensoras públicas, que mesmo desempenhando papel de destaque e exercendo defesas técnicas de qualidade, não recebem a visibilidade esperada no reconhecimento do seu trabalho ou de sua produção científica, em razão da predominância da racionalidade masculinista. Trata-se de uma leitura que visa trazer provocações sobre as dinâmicas de funcionamento da persecução penal do nosso país de viés classista, racista e patriarcalista, demonstrando a necessidade de adoção de novos parâmetros de pensamento para uma ruptura com estas violências sistêmicas seculares.