Diz o povo que não se pode ir a Roma sem ver o Papa. Maria, personagem deste livro, em outra reverência, diria: não se pode ir a Lisboa sem ter um jantar com Fernando Pessoa, um dos papas da Literatura em Língua Portuguesa. Holandesa, íntima dos moinhos, a nossa Maria acostumou-se a ver - como Quixote - o que ninguém consegue ver. Assim, propôs a si um encontro insólito e, para o universo dos Sanchos, impossível. Como encontrar-se com o que já foi? Como materializar um fantasma que traz, em si, a alma de Portugal? Como ressucitar esse Portugal metafísico de Fernando Pessoa? Como?! Lendo Antonio Chibante.