Pela primeira vez, em um só volume, a obra de uma das vozes mais libertárias, vigorosas e anárquicas da poesia brasileira. Autor de versos radicais e transgressores, Roberto Piva estreou na literatura em 1963, com Paranoia, numa edição acompanhada por fotografias do artista plástico Wesley Duke Lee. Dali em diante, até 2010 ano de sua morte, o poeta ganharia lugar único na cena literária. Avessa às convenções sociais, à moral, aos bons costumes, ao bom-mocismo e ao modo de vida burguês, sua poesia chocou os leitores de então e segue como referência ímpar para as gerações seguintes. Amor e erotismo aparecem como tema central na obra do autor de Piazzas. O pano de fundo é uma São Paulo noturna, caótica, feita de buzinas, esbarrões, flertes e infinitas possibilidades. Nos versos de Piva, que carregam toques de surrealismo e de misticismo, estão presentes o desejo sexual e a violência física, o delírio e a razão, a sensação coletiva das metrópoles e sua irremediável solidão. Com [...]