O desafio da educação, no tempo atual, encontra-se na formação transdisciplinar. Efetivamente, consiste em tornar os conceitos trabalhados em sala de aula significativos e, assim, promover a compreensão crítica dos conteúdos, mediante relações intersubjetivas, mediadas pelo diálogo, a partir da perspectiva dialética entre as partes e o todo, que constitui o centro da pedagogia mediadora da formação de subjetividades capazes de dar conta das demandas do atual processo histórico, marcado pelas incertezas, no qual o conhecimento precisa estar sempre se reconstruindo para acompanhar as transformações tecnológicas, enfim da historicidade contemporânea. Os processos do ensino e da aprendizagem na escola precisam ser colaborativos, integradores, articuladores com as emoções e os sentimentos presentificados. O espaço escolar necessita permitir a aprendizagem. O professor precisa ser um aprendiz que se transforma junto com os alunos na construção da autoria e da autonomia. Uma proposta transdisciplinar exige mais integração entre currículos e planejamento, ou seja, entre objetivos, conteúdos, atividades, métodos e avaliação. Isso implica mais relações entre os professores, o que pode ser traduzido por mais tempo para preparação e avaliação das aulas; mais estudos, leituras, reflexões e discussões. No âmbito da educação, a transdisciplinaridade considera o aluno um ser integral em suas habilidades e competências para dialogar e construir um conhecimento significativo, que se encontra entre as diferentes áreas dos saberes, por meio das práticas pedagógicas que transcendem para além do ensino fragmentado disciplinar.