É um livro do rio que não tem nome, nosso rio máximo, metáfora do tempo e da eternidade, com tantos nomes louvado e sacrificado desde séculos, um sujeito da história das cidades, dos países e do planeta, rio que nos leva além, que nos invade e que se deixa transformar em nosso corpo e em nosso corpo e em nossa poesia. Não tem nome, mas foge do anonimato atravessando os nossos territórios, aqui um inconfundível território da poesia de Thereza Kolbe. O seu livro não é o seu, é do rio. Como se a poeta deixasse o rio escrever o seu próprio livro por seu intermédio. O seu livro não é seu, é do rio. Como se a poeta deixasse o rio escrever o seu próprio livro por seu intermédio.