(...) Estudando as cláusulas sociais, entre o proteccionismo hegemónico e o ideário altruísta, no âmbito das relações multilaterais de comércio internacional, (...) [o Autor] não se ateve aos aspectos técnicos, envolvidos numa problemática tão rica e tão actual.(...) Centrando as suas preocupações na perspectiva do Direito do Comércio Internacional, (...) não hesitou em percorrer o caminho mais difícil. Analisou sempre os problemas à luz da História; enquadrou-os do ponto de vista da Filosofia e da Ética (com particular atenção aos Direitos Humanos); estudou-os na óptica do Direito do Trabalho e do Direito do Desenvolvimento; [e] foi à Economia Política buscar os ensinamentos necessários à boa compreensão dos interesses em causa e dos mecanismos ao seu serviço (...).(...) [O]ptou por 'não desertar do seu posto', enfrentando os problemas políticos e os problemas sociais implicados nas matérias que investigou. E fê-lo com grande maturidade e bom senso, fê-lo no respeito das 'regras da arte' de um trabalho de investigação (...), mas fê-lo também — honra lhe seja — sem a hipocrisia beata dos que, apesar das 'mãos sujas' de compromissos que não querem confessar, teimam em jurar que a sua ciência é uma ciência 'positiva', uma ciência 'neutra' em relação aos fins, uma ciência que não é 'política', (...).