Bede Griffiths sempre acreditou haver uma tradição comum de ensinamentos de sabedoria na humanidade, e os frutos dessa crença ficam evidentes nesta memorável e exclusiva leitura que ele faz de uma escritura que tanto amava: o Bhagavad Gita. Assim como o Dalai Lama comentou os Evangelhos à luz do budismo, Dom Bede comenta neste livro o Bhagavad Gita à luz do cristianismo, trazendo de maneira semelhante às verdades universais e atemporais desse belíssimo texto sagrado. A lição de Bede Griffiths em Rio de Compaixão é que nós também podemos nos aproximar daquilo que aparentemente consideramos estranho e alheio, naquela rápida e primeira impressão (muitas vezes um tanto superficial), para de repente, num segundo momento, sentirmos uma profunda familiaridade e nos maravilharmos com aquilo que Aristóteles dizia ser o início de todo conhecimento verdadeiro: o espanto.