"Este livro, sendo o dos sins, traz a idéia de seu oposto, os nãos, como num abrir e fechar permanente. Aí têm lugar a poética do livro, a do corpo, a do sonho. E por isso também há lugar para um conjunto de alusões sutis. (...) Prefiro aqui, e a respeito deste livro, não falar de literatura ou poesia feminina mas de um livro de mulher, em que a construção do erotismo é tão explícita quanto velada, do referido ao alusivo, resvala pelo político, se envolve na consideração da condição humana, fazendo oscilar o repertório que vai dos mendigos das ruas de São Paulo àquilo que se vê na tevê, nos aturdidos começos da noite. Oscila a procura de vida neste mundo entre a descontração interna e a reunião posterior, num jogo que ritmo e imagem".