Há os que não gostam de ópera, mas gostam de Luciano Pavarotti. É um fenômeno de sedução parecido com o do bailarino Rudolf Nureyev, idolatrado por muitos que jamais o viram dançar. Ou de Maria Callas, amada mesmo por aqueles pouco afeitos ao canto lírico. O tenor Luciano Pavarotti é mesmo um caso especial. Além de ter uma das vozes mais belas de que se tem notícia, já esbanjou mundo afora, e também pelo Brasil, sua simpatia cativante, entre gargalhadas gostosas e tão opulentas quanto seu corpo robusto, volta e meia submetido a rigoroso regime alimentar. É este homem simples, porém incomum em sua compaixão por tudo o que é humano, que o leitor vai conhecer neste "Pavarotti, meu Mundo", escrito pelo próprio artista em colaboração com o amigo William Wright.