A autópsia de uma relação condenada pela rotina. Em “O movimento romântico”, Alain de Botton usa as situações previsíveis do encontro e desencontro de personagens entediados da cena londrina: um jovem e pretensioso executivo de médio escalão do mercado financeiro, e a depressiva funcionária de uma agência de publicidade. Tudo é conjugado com uma crônica de costumes, em que as transas, a fila do cinema, o sexo, o vício do consumo, o tédio do trabalho, das festas, o "ver e ser visto" nos restaurantes da moda e os pacotes de viagens românticas ganham um olhar filosófico temperado com as sutilezas do humor britânico. Alain de Botton é uma estrela da cena literária britânica. Seus livros são híbridos de aforismos filosóficos com relatos das esperanças e do fracasso amoroso dos anos 90. O resultado é uma reflexão original, onde a narrativa funde o ridículo, o solene e a poesia dos relacionamentos contemporâneos.