Em um mundo marcado por guerras, preconceitos e pobreza, conhecer a vida e a obra de Walde-Mar é um brinde ao nosso conhecimento. A cada página do livro, descobrimos a vida de um homem simples, trabalhador, que fez parte da história de seu país - e ainda faz -, encantou-se com a cultura indígena e reproduziu-a com tamanha paixão que nos leva ao delírio ao nos depararmos com o lirismo, com a natureza alegre e vitoriosa, fruto da cabeça do artista que quer, apenas, fazer da arte algo que nos dê prazer. Desta forma, mergulhamos no mundo do artista Walde-Mar, conhecemos seus sonhos, suas caminhadas, seus amigos e sua família. Sim, porque artista também tem família, amigos, sonhos e solidão. Por mais que se criem mitos, o artista é e deve ser gente do povo, pois a arte está por aí, em qualquer lugar, em qualquer cabeça que se proponha a criar. Walde-Mar fala a linguagem universal das cores, dos gestos e das cenas em seus quadros. A natureza é personagem principal em suas obras, por isso elas são admiradas no mundo todo. A figura do artista se mistura à sua criação, como se houvesse uma simbiose entre ele, a natureza e a vida indígena, tornando-o homem-natureza.