Uma das razões da popularidade do Teatro do Oprimido - criado originalmente quando seu autor, Augusto Boal, iniciava um exílio de 15 anos, durante o governo militar - está no fato de não se tratar de uma simples cartilha dogmática. Publicado pela primeira vez em 1973, traduzido para mais de 25 idiomas e utilizado em mais de 70 países, o "Teatro do Oprimido" é um método de pesquisa e criatividade que tem como objetivo a transformação pessoal, política e social e que pode ser usado por todos aqueles que se enquadrem na categoria "oprimidos", sejam operários, camponeses, mulheres, negros, homossexuais. A idéia de transformar o espectador em elemento ativo na encenação pretende iluminar as formas sutis ou declaradas de dominação e exclusão social, proporcionando outras maneiras de ver o mundo e as relações sociais. Para Augusto Boal, o importante é re-situar o indivíduo em seu entorno, apontando novas perspectivas de relações de poder.