As fronteiras entre o Jornalismo, a Publicidade, as Relações Públicas e o mundo do Audiovisual diluíram-se. A convergência das mídias resultou num universo comunicacional muito mais complexo e difícil de interpretar, em que "conteúdos que podem ou não estar patrocinados, e que podem ou não encontrar espaço de circulação, dependendo do número de "curtidas e comentários que provocam nos primeiros instantes em que se tornam públicos trafegam sem obedecer às velhas regras de trânsito do século XXI. As consequências da diluição conceitual do campo da Comunicação e da instantaneidade da recepção, medida em minutos, estão presentes em vários artigos deste livro. Textos acadêmicos às vezes ficam bem longe da realidade, não somente porque os temas são muito específicos, mas também porque o estilo fica subjugado a normas estritas. Graças, quem sabe, à proposta de refletir sobre as novas formas de Comunicação que circulam em novas telas e constroem novos imaginários, os ensaios que constituem est e livro fogem, à medida do possível, dessa padronização. Ligados às tecnologias de hoje, os autores apontam para os aparelhos e as pessoas de amanhã. Não cabe à Academia mudar o mundo, mas pode alertá-lo sobre o que vai acontecer se os rumos não forem corrigidos. Nosso imaginário tecnológico moldará o futuro, e é bom prestar atenção em todos os seus detalhes.