Este texto elementar de filosofia dos direitos humanos não traz nenhum comentário sobre qualquer tratado ou convenção internacional e, muito menos, sobre dispositivos constitucionais referentes ao tema. Trata-se, nestas poucas páginas, de chamar a atenção para a necessidade de pensar os fundamentos dos direitos humanos para além das suas proclamações. São Primeiros Passos no universo de um tema de relevância incontestável, no qual o pensamento fenomenológico tem muito a contribuir,sobretudo no que diz respeito à compreensão do humano e seus sentidos. Todas as questões aqui tratadas ficam em aberto, no sentido de que não é buscada qualquer conclusão definitiva. Aliás, o encanto do método fenomenológico consiste na amplitude dos seus horizontes e não na certeza das suas diretrizes. A fenomenologia é o prenúncio do desmoronamento das certezas que alimentavam o espírito humano até bem pouco tempo. Quisemos apenas esboçar um quadro de reflexões que nos alertassem para a complexidade da questão dos direitos humanos, tendo em vista a sua simplificação aparente nos textos constitucionais, nos Tratados, nas Declarações e nas Convenções a ela atinentes.