A participação da mulher é fundamental em todos os campos de atuação e elas cada vez mais ampliam seu universo profissional. Não surpreende, portanto, que na advocacia a atuação da mulher ganhe cada vez mais relevância e proeminência, sobretudo em ações cuja sensibilidade é mais exigida, o que enriquece sua imensa capacidade de desenvolver com maestria qualquer atividade nos muitos campos do Direito. Historicamente dominada pelos homens, a advocacia foi definitivamente conquistada pelo sexo feminino. Essa tendência é perceptível na área do Direito, mais acentuadamente entre os recém-formados e jovens profissionais, sobretudo nas grandes áreas urbanas do país. É um orgulho e certamente muito libertador que restem superadas questões de gênero em nossa profissão. É possível também observar acentuada motivação das mulheres em participar de cursos, aperfeiçoamentos, especializações, doutorados e pós-doutorados, além de outras incontáveis iniciativas de desenvolvimento pessoal, o que justifica e embasa essa ascensão feminina nos cargos de cada vez mais relevante destaque nos setores jurídicos. Portanto, é cristalina a nova realidade no mundo da advocacia: as mulheres já conquistaram merecidamente privilegiado espaço e poder neste setor que antes era dominado, majoritariamente, por homens. Nada mais oportuno, portanto, que a iniciativa da nossa operosa Comissão da Mulher Advogada ao dar seguimento ao projeto de lançar este Debate Interdisciplinar sobre os Direitos Humanos das Mulheres, que nada mais é do que o resultado de um amplo estudo que, generosamente, os autores se predispõem a dividir com todos os operadores do direito, ao mesmo tempo em que ampliam o debate sobre o tema. Este livro constitui mais uma importante contribuição dos autores para o Direito que enfrenta o desafio contemporâneo de se adaptar às condições de uma sociedade em constante mutação e reflete profunda preocupação pelas relações entre os fenômenos modernos dos dias atuais. O escritor francês Marcel Proust, que definiu a leitura como a mais civilizada das paixões, disse ainda: Mesmo quando registra atos de barbarismos, a história da leitura é uma celebração da alegria e da liberdade. Ler significa aproximar-se de algo que acaba de ganhar existência. Parabéns aos autores e aos organizadores por nos permitir, com esta obra, celebrar essa alegria e essa liberdade.