Caminhar rumo à compreensão dos efeitos de sentido entre os interlocutores, ou seja, entre os discursos, é transitar entre a instabilidade e a possibilidade de rupturas, e é sob essa não estabilidade de sentidos que se desenvolve a obra Palavra sonhada: efeitos de sentido sobre a língua que caminha. Os discursos sobre o sujeito indígena sempre foram questões de intranquilidade social, sempre estiveram numa posição marginalizada, do mesmo modo, ao sujeito indígena sempre lhe foi negada a possibilidade de inscrição de sentido na ordem do discurso. Contudo, o caráter heterogêneo das Formações Discursivas que, mesmo determinando o que pode e deve ser dito, possibilita outros sentidos pela existência de suas brechas, as contradições irrompem e dessa forma, o sujeito (re)existe.A historicidade que contempla esse sujeito mostra um processo de silenciamento que tenta cercear tanto os sentidos, quanto os sujeitos.