O senso incomum deve servir para combater o senso comum. No direito esse problema assume uma dimensão dramática. Um exemplo de senso comum no direito é o mantra pelo qual se diz que princípios são valores. Pior: se esse mantra é verdadeiro, então a frase seguinte de que princípios são normas é falso. Porque, se princípios são normas, não podem ser valores. Outra forma de senso comum é a construção de princípios no varejo para aplicá-los no atacado. Dizer que Kelsen separou o direito da moral é outro mantra carregado de senso comum. Neste livro o leitor descobrirá por quê. E, para tanto, exsurge o senso incomum.