Dicionário de Palavras interligadas: analógico e ideias afins com 1800 páginas e mais 800.000 vocábulos. Expressões brasileiras "Meu dicionário " acrescentou - serve para duas coisas: lembrar termos brasileiros ao escritor ou mostrar outras expressões, e, também, para ampliar o vocabulário dos estudantes. Os dicionários dão sempre uma oportunidade para o indivíduo conhecer novos termos". Pessek é um apaixonado por dicionários deste a infância. "Eu tenho mais de 40 dicionários de todos os tipos, expressões gaúchas, nordestinas etc., até um dicionário de peixe. Gosto muito de dicionários. Eu tenho todos os dicionários analógicos que saíram no Brasil". Por que essa paixão? O dicionarista responde: "Desde pequeno eu tenho paixão por dicionário. Eu via uma palavra e guardava. Sempre cultivei o hábito de anotar palavras no final do livro, para depois ir atrás do significado. Desde jovem". Outros gêneros Agora que o Novo Dicionário está no prelo, o dicionarista trabalha outro projeto literário, sobre o qual, por enquanto, prefere manter silêncio. Leitor inveterado, filho de professor, Kurt Pessek, 74 anos, nasceu no Rio de Janeiro, é tenente-coronel aposentado do Exército e vive em Brasília desde 1984. Ele também escreve outros gêneros literários: "Tenho três livros publicados: um deles foi premiado - Descaminhos da Liberdade - pelo Instituto Nacional do Livro e Secretaria de Educação. Ganhei o concurso e o livro foi editado por Geraldo Vasconcelos. São ensaios. Eu chamo de história romanceada". Por quê? "Por causa de alguns personagens que a gente inclui que nunca existiram, são personagens ficcionais, para fazer a junção de peças que faltam na história, em certos acordos, certas decisões etc. E a gente então nomeia alguns personagens, mas não muda a história. O que aconteceu, aconteceu, mas dá uma espécie de romance". Para KP, é fácil misturar ficção com realidade. "Aprendi com os mineiros: com maionese, qualquer um come capim. A história pra mim é um relato jornalístico. É muito cruel". Ele também escreveu outro romance de cunho histórico, Os Patriotas: "Os Patriotas fala sobre a revolta de 1610 na Bahia. Ouve uma revolta, depois o Rei mandou rasgar todos os documentos, botar uma pedra em cima do assunto. Muita coisa ficou omitida. Acabaram com uma figura interessante, em 1600, tivemos o Juiz do Povo nas câmaras, mas com a revolta de 1610 a Coroa Portuguesa mandou acabar com essa profissão".