Este estudo concentra-se, sobretudo, nas cidades de Nova York e do Rio de Janeiro. Cenários importantes da vida política de seus países, estas cidades expressavam complexos bastante particulares das sociedades às quais pertenciam. Nascidas cidades portuárias, ambas rapidamente se tornaram centros nevrálgicos das atividades comerciais e manufatureiras desenvolvidas em cada país. Devido às respectivas populações de negros livres e libertos e de trabalhadores imigrantes que cresciam em número, ao longo do século XIX, os conflitos sociais nessas cidades podiam aparecer de forma mais polarizada e assim expor as principais contradições das sociedades às quais pertenciam. A forma como foram enfrentados revelava, desde então, diferentes projetos de cidadania em construção, cada qual excludente ao seu modo.