O Diário da alma, escrito por Angelo Roncalli, que em 1958 se tornou papa João XXIII, e publicado após a sua morte, é um diário espiritual íntimo que está nas origens das meditações feitas em seus retiros. É um solilóquio, como ele próprio o chama, utilizando um termo caro a Santo Agostinho. De extrema simplicidade, frustrante para alguns, é o itinerário de uma vida cristã serenamente radicada na Bíblia e numa espiritualidade sacerdotal em que a preocupação principal é o Evangelho vivido. Um texto que é como o fundamento espiritual de ações e decisões que mudaram o rumo da história da Igreja.