Algo me dizia há algum tempo que essa era a hora de fazer a viagem, essa era a hora de realizar um sonho alimentado durante quase uma década. Ao decidir a viagem e escolher a data, não imaginava quantas coincidências aconteceriam. Minha proposta inicial era chegar a Havana no dia do aniversário de Fidel Castro, mas ao traçar o roteiro da pedalada, me dei conta de que começaria em Santiago de Cuba durante o carnaval local, as comemorações dos 500 anos da cidade e das celebrações do 26 de julho, uma data muito importante na história política contemporânea da ilha. A partir daí, foi como se cada evento atraísse novas coincidências e, consequentemente, novas histórias. A mais importante e significativa foi o fato que acabou por dar nome ao livro, o que mais me motivou a escrever esse diário da viagem. A viagem aconteceu no exato período entre os hasteamentos das bandeiras americana e cubana, e a reabertura oficial das respectivas embaixadas. [...]