O título, BIOMÉTRICA, está “prenhe de casamento” entre fatias de conhecimento da Biologia Humana, da Antropologia Física e da Estatística. Ao ser uma espécie de “medição do vivo”, concretamente do homo sapiens, procura ser um compromisso entre as grandes ideias e metodologias do que actualmente se designa por Cineantropometria e os métodos de análise de grandes massas de informação quantitativa. Ora os autores não se limitaram a simples descrições acerca de protocolos de medição (nalguns casos bem reduzidos). O grande propósito dos diferentes capítulos foi preencher uma lacuna importante – a urgência de uma visão actual da relevância de cada assunto, situando-o no contexto da pesquisa em Língua Portuguesa (mormente no Brasil), apresentando técnicas simples da Cineantropometria e de análise de dados em contextos de forte diversidade. Cada capítulo é uma história bem contada. Tem começo e fim. Tem conteúdo relevante em termos de conhecimento actual. Tem formas de “pegar” nas ideias e colocá-las na prática. Tem essa coisa difícil num “bom tamanho” – um compromisso sério entre “teoria e prática”. Num certo sentido, é uma espécie de “manual de viagem” a territórios de forte actualidade – da escola às academias, passando por inquietações epidemiológicas e de saúde pública, a matérias de desporto de rendimento, ou a relações com a percepção do corpo. Eis um livro que tem de excelente, também, o compromisso de ser um manual para estudantes de graduação e pós-graduação, para pesquisadores e para quem sinta o forte dever de ser mais útil no seu local de trabalho.