Neste livro, se inventa a poesia viva. Parece que o mar - o labirinto dos labirintos - labirinto horizontal e vertical - é a palavra chave da Nau Capitânia do poeta Luciano Maia. A revelação da natureza e da presença da nau, brotada das águas, inscreve-se no mesmo sortilégio prestigioso do quarto evangelho, segundo o qual "no princípio era o Verbo, e o verbo era diante de Deus e Deus era o verbo". Seja ela a nau capitânia deste poema, seja o Bateau Ivre de Rimbaud, a verdade imemorial nos revela que no princípio era nau, e a nau era diante do mar e o mar era a nau e a nau era o ser humano"... (Gerardo Mello Mourão)