Você já parou para pensar que algumas mulheres, a exemplo das mulheres negras, sofrem múltiplas discriminações e que a generalização das Convenções Internacionais pode ser insuficiente para o reconhecimento de direitos a essas mulheres? Pensando nisso e analisando as origens do Feminismo Negro, este livro foi escrito com o objetivo de apresentar e difundir a importância de se promover uma nova interpretação aos Tratados e Convenções Internacionais que reconhecem direitos às mulheres. Mulheres negras não apenas estão sujeitas às opressões do patriarcado, como também do racismo; por esse motivo, devem ser reconhecidas essas diversas vulnerabilidades, considerando-se a interseccionalidade entre gênero e raça. A interseccionalidade, termo cunhado por Kimberlé Crenshaw, é uma ferramenta analítica e de interpretação capaz de proporcionar o reconhecimento da complexidade social, apresentando os diversos eixos de opressão e subordinação pelos quais os seres humanos estão submetidos. (...)