Nos ensaios reunidos neste volume, escritos entre 1988 e 1997, Otília Arantes reflete sobre as razões do esgotamento do Movimento Moderno, processo talvez difícil de analisar no Brasil, dado o sucesso da modernidade arquitetônica entre nós. Partindo da análise e refutação dos principais estereótipos sobre o colapso da Arquitetura Moderna, procura mostrar como esse esgotamento ocorreu por absoluta conformidade às promessas de nascença daquela arquitetura, no centro e na periferia do sistema mundial. Modernidade e pós-modernidade não são propriamente pólos alternos, mas seguem um mesmo processo de ajuste da sociedade às reviravoltas que dá o capitalismo para continuar o que sempre foi, e de cujas metamorfoses a paisagem urbana tema central da segunda parte do livro é a fachada mais visível.