Três séculos atrás, as montanhas eram consideradas uma paisagem hostil, a ser evitada a todo custo. Como explicar então o fato de, hoje, milhões de pessoas serem atraídas para elas a cada ano, muitas vezes arriscando a própria vida e a de outros? Como o montanhismo passou a exercer um poder tão estranho, e por vezes fatal, sobre a imaginação humana? Por meio de uma inventiva mistura de história cultural e relato de aventuras, o inglês Robert Macfarlane examina em Montanhas da Mente como a percepção desses cenários selvagens pelo homem se transformou. Em um texto multifacetado, o autor descreve os progressos da geologia, os milagres naturais que levaram os primeiros exploradores ao mundo elevado das montanhas e o encantamento das grandes alturas. Macfarlane apresenta também os diversos personagens que contribuíram para a dramática reavaliação das montanhas no imaginário humano: sábios vitorianos, cosmogonistas da Renascença, os primeiros geólogos, assim como exploradores e escaladores entre os quais o mítico George Mallory, jovem montanhista britânico morto no Everest em 1924.