A Razão Armada se debruça sobre a especificidade do regime militar brasileiro, após o colapso do desenvolvimento democrático da metade do século, que confrontou o velho status quo semicolonial do país. Responsáveis pela queda do Império, as Forças Armadas manteriam um protagonismo latente durante a Primeira República que se avolumou nos tempos da Guerra Fria, condicionada pela sua polarização ideológica.Não obstante, conservavam o compromisso com a "ordem e progresso", somado ao empenho pela modernidade e pelas políticas públicas para o seu advento efetivo. Donos do poder em 1964, os militares tecnocraticamente relançavam a mudança, a que se seguiram a descompressão e a volta ao estado de direito. Porém, à custa das violações dos direitos humanos, limitações da cidadania e ditadura da informação contra a liberdade do dissenso.