Este livro analisa a organização política e a segurança alimentar do povo Krahô, habitante de uma região de cerrados do Planalto Central brasileiro, a noroeste do Estado do Tocantins. Os Krahô tiveram seu território reduzido à atual Terra Indígena que ocupam após violentos confrontos com a sociedade brasileira, especialmente pela expansão de suas fronteiras agropecuárias. Isso desencadeou um processo de desestruturação do seu sistema produtivo, que é caracterizado por migrações sazonais e baseado nas atividades de caça, coleta e agricultura. Estão em foco as formas tradicionais de organização política desses indígenas e como estas vêm se modificando, por meio de suas associações, em resposta às exigências do contato com a sociedade e seu sistema econômico.A seguir, discute-se a problemática da segurança alimentar e das relações socioambientais dos Krahô, evidenciando suas práticas tradicionais e contemporânea de subsistência.