Este é um estudo teórico da psicologia social do filósofo e psicólogo norte-americano George Herbert Mead (1863-1931). Dois movimentos são privilegiados neste estudo. O primeiro repõe a discussão sobre o pragmatismo. O segundo concentra-se na leitura dos conceitos básicos da psicologia social meadiana. Em decorrência disso, as principais conseqüências podem ser assim resumidas: 1ª) a crítica do pragmatismo exige muito mais do que tem sido apressadamente dito acerca dessa vertente do pensamento filosófico e científico; 2ª) a psicologia social de Mead gera um modelo psicológico básico de análise das relações sociais e do processo de individuação; 3ª) tal modelo é compatível com a concepção histórico-social da psicologia, elaborada a partir da teoria marxista da sociedade; 4ª) a estruturação aberta do referido modelo permite expandi-lo para áreas do conhecimento de acesso difícil à psicologia, entre as quais podem-se incluir as teorias da moral e da economia política, da linguagem e da ciência da educação. Daí também a permanência de uma interlocução tensionada, no duplo sentido da atração e repulsão relativas a certos pressupostos e conseqüências do referido modelo.