Estar e atravessar Santíssimo, no instante das páginas, nos retira a sentença de chorar sem colo. Aqui, o choro partilha água com a psicologia do mar e se torna água imensa novamente. As poesias em Santíssimo unem pessoas que moram longe da praia com pessoas que moram de frente para o mar. Sendo isso um pecado, um close ou uma maldição. Independente de se estar ou não perto do mar, os adultos aqui lembraram que amaram alguém e que, por saúde, cobriram a visão de si para o amor a que não se pode mais dar atenção. Rafael Amorim nos convida a tramar um plano por cima dos mapas e das cartografias que são impostas aos nossos caminhos diários. Nele, bichas não estarão ausentes dos poemas e microcontos, pois, como Almodóvar, ao tornar a mãe como uma repetição, as bichas estarão sempre em duas ou mais e não chorarão sozinhas. Por isso, ao escutar ou ler uma bicha, aguarde sempre sua repetição para a reconstrução da realidade. A lei do dia é que a partir de agora não queremos mais(...)