Este livro traz uma visão do risco como fenômeno socialmente construído. Em contraste com aqueles cuja missão é explorar o medo e a incerteza, os autores procuram questionar alguns conceitos tratados como imperativos no meio científico a respeito de riscos potenciais à saúde. Os capítulos abrangem a chamada "teoria cultural de percepção de riscos", que afirma que o incômodo das pessoas com o perigo jamais deve ser entendido ao pé da letra. De acordo com os autores é preciso um olhar mais abrangente sobre o risco para descobrir quais formas de organização social estão sendo "defendidas" ou "atacadas". Trata-se de um livro breve, organizado em torno da premissa de que a classificação de certos pontos específicos (tais como a energia nuclear ou a exposição ao amianto ou à radiação ionizante) como perigos ambientais é determinada por fatores culturais. Os autores afirmam que as fontes do ambientalismo nos Estados Unidos e em outros países não são, portanto, objetivas, empíricas, racionais, nem isentas de juízos de valor; muito pelo contrário, o ambientalismo reflete fatores morais, econômicos e políticos, entre outros, que estão longe de ser imparciais. Dessa forma, o julgamento do que constitui ou não um risco passa por uma seleção de viés social.