A leitura de 'O observador do mundo finito' deixa aquela sensação de engasgo. Somente depois de ter chegado ao fim de seus versos é que nossa respiração retoma o fôlego, um respirar remarcado pela ansiedade, angústia, talvez a dúvida nas horas do instante de uma vida. Múltiplas percepções, enfim. Sentimentos e atitudes se entrelaçam nessa escrita, o que faz com que questionemos - quem fala nesses poemas? Ora, a resposta poderia ser - Túlio Henrique Pereira. Mas reducionista, se considerarmos essa escrita de si como uma obra ensimesmada. Nesse livro encontraremos um conjunto de poemas, à primeira vista, irregular. Sintamos, então, como Túlio Henrique, não o sol que aquece, mas o que queima a pele. E daí, usando um percurso raciocinado, identificaremos um fio regular que vai escorregando por todas as páginas.