Pelo viés das mediações artísticas, as crianças extrapolam o sentido de senso comum e vão do contemplativo ao interpretativo, incluindo-se na categoria da mimese, que conduz à ruptura dos padrões estereotipados e dos juízos de valores estéticos, promovendo a experiência estética, ímpar e particular. Faz-se necessário entender que o sentido do estranhamento está para além da intencionalidade do artista ao produzir a obra, mas trilha seus próprios passos na mediação promovida pelo olhar do outro, no caso desta obra, o da criança sobre a obra. A partir da compreensão do valor ideológico das imagens na escola, propõe-se uma reflexão sobre as bases da construção filosófico-metodológica do ensino da arte nas séries iniciais, a fim de que possam expressar, por meio de suas produções, a releitura de suas próprias histórias.